Teodoro foi casado com duas descendentes de Valério Coelho. É, até a presente data, ou aprofundamento de pesquisas, o ascendente mais velho da família Reinaldo, cuja memória foi preservada.
Apesar de não ter o sobrenome de Vilarinho, era um membro daquela família. Quanto ao sobrenome Reinaldo, sabe-se que no ano de 1849 chegou à cidade de Picos, entre tantos italianos, Raffaele Reinaldo, comerciante, andarilho, que pode ter mudado para Amarante, um entreposto comercial.
Desde muito cedo Teodoro passou a negociar pela ribeira do rio Piauí, subindo a do Fidalgo. Aos poucos foi criando raízes e terminou por se fixar no então povoado de Barreiro Branco então pertencente ao termo de Oeiras, depois emancipado para Simplício Mendes. “Naqueles dias, um fato marcou a vida de Teodoro. Certa feita se encontrava naquela região o Doutor João de Deus Pires Leal (conhecido como doutor Joca Pires) fazendo uma visita de reconhecimento à fazenda da Data Agrestão quando em um deslocamento em um burro, aquele animal se assusta e o joga ao chão, terminando por quebrar a perna do doutor Joca Pires. Teodoro se encontrava a pouca distância e imediatamente toma conhecimento do ocorrido. Como homem de ação, um grande avaliador com visão de futuro, conhecedor das pessoas, manda urgentemente buscar o melhor encanador de ossos da região. Naquele tempo havia as pessoas hábeis em encanar ossos quebrados com talas de madeira especial. O prático recomendado por Teodoro faz o serviço no osso da perna do acidentado com toda a sua experiência. Em seguida Teodoro providencia os homens mais fortes da região, para o transportarem em uma rede da sua fazenda até o porto fluvial de Amarante sendo que, para que não houvesse algum imprevisto, Teodoro acompanhou a caravana até aquela cidade. Naquele porto fluvial, Joca Pires pergunta-lhe quanto era aquele serviço e Teodoro responde que não era nada. A autoridade então fez um bilhete de recomendação, agradecendo pelo que lhe foi feito. Algum tempo depois, Teodoro resolve ir à capital para vender uma boiada. Chega a Teresina e toma conhecimento de que o doutor Joca Pires é um grande comprador de bois. Vai até a sua casa sendo recebido pelo encarregado de vigiar sua porta. Teodoro entrega-lhe o bilhete e pede que o passe às mãos do dono da casa. O doutor Joca ao receber o papel imediatamente sai e o recebe, apresenta-o à sua esposa e sendo obrigado a ficar hospedado em sua residência. Depois desse encontro, eles selaram uma grande amizade. Joca Pires foi Governador do Piauí e Teodoro continuou com sua amizade enquanto viveram”. Esta história me foi relatada pelo seu neto Antônio Reinaldo Soares. Tempo depois, o major Teodoro comprou a fazenda do vale do Fidalgo que pertencera ao Doutor Joca.
Teodoro Reinaldo também foi, à sua época, o maior comerciante e financista de sua região. Nenhum negócio lhe escapa às mãos. Sua solidez em disponibilidade de dinheiro o fazia o maior comprador e exportador de gados para Teresina. Procura sempre se fazer presente em Oeiras, onde tinha uma casa, para cumprir compromissos sociais, econômicos e políticos. Foi eleitor com direito a voto, tendo pertencido às alas políticas do Desembargador Cândido Ferreira de Sousa Martins e como teve uma longa vida, também foi aliado do Coronel Orlando Carvalho.
Teodoro foi proprietário das grandes fazendas de gado: Agrestão, Jacaré, Volta, Boqueirão, Jatobá e Juá. A fazenda Agrestão ele a compra de Celso Lobão Albuquerque e de Artência Avellino Albuquerque, fato noticiado pelo Jornal o Piauhy, de 4 de setembro de 1928.
Já com idade avançada contraiu febre de tifo quando se encontrava na fazenda Volta. Após, fazer contato com o Doutor Isaias Coelho, médico notável, expressamente o recomenda permanecer em repouso absoluto, quieto à sua espera. No entanto, não se sabe a razão, ele foi transportado em uma rede para Simplício Mendes, vindo a falecer durante o trajeto, na localidade de Várzea Grande, onde foi colocado um grande cruzeiro de madeira.
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