Dra. Dionéia, como é mais conhecida na cidade, é formada em Odontologia pela antiga Faculdade de Odontologia de Caruaru-FOP, hoje ASCES e veio para Araripina ao se casar com o ex-prefeito Valmir Lacerda. Exerceu a atividade profissional de cirurgiã dentista até os dias de hoje tendo se tornado, nesta época, conhecida e admirada por todos na cidade e nos distritos do município de Araripina. Não foi possível articular um consenso para as eleições de 1992. Nenhum nome conseguiu harmonizar os interesses locais. Três candidatos se apresentaram para a disputa eleitoral. Emanuel Santiago Alencar-Bringel, representante do Partido da Reconstrução Nacional-PRN, tendo José Batista de Lima, como candidata a vice-prefeito; Maria Dionéia Lacerda, pelo Partido da Frente Liberal-PFL, tendo o empresário Manoel Valmir Simeão, como vice e José Alencar Gualter- Dr. Zé Alencar, pelo Partido Social Trabalhista-PST, com Paulo Tarcísio Reis de Alencar, como vice. As eleições de 1992 exploraram ao extremo o caráter festivo que vinha se acentuando em eleições passadas: o uso de música, paródias, refrões e cores privativas de cada candidatura. Trios elétricos, carros de som, cantores de casa e de fora em showmícios que se estendiam até a madrugada. As cores demarcavam os domínios políticos em casas e pontos espalhados pela cidade. O azul, o amarelo e o vermelho representavam as opções políticas do momento eleitoral. Outra característica marcante dessa eleição foi uma mulher como candidata à prefeitura de Araripina, fato inédito, até então. Além da primeira candidata, a Dra. Dionéia se tornou a primeira prefeita eleita de Araripina, com uma larga margem de votos à frente do segundo colocado. A presença feminina também surpreende na disputa à Câmara de Vereadores, seis candidatas se apresentaram, embora apenas uma tenha sido eleita.
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