Foi o 219º Papa da Igreja Católica Apostólica Romana (Papa Adriano VI), de 9 de janeiro de 1522 até sua morte. Nasceu de uma família humilde. Na Universidade de Lovaina seguiu filosofia, teologia e direito canónico, tornando-se doutor em teologia em 1491, deão de S. Pedro e mesmo reitor da universidade. Em 1507 foi nomeado perceptor do jovem arquiduque Carlos de Gand, futuro Carlos V, que tinha sete anos, sendo enviado à Espanha em 1515 em missão diplomática. Adriano e o Cardeal Cisneros governaram a Espanha. Após a morte de Cisneros, foi nomeado em 1516 bispo de Tortosa e em 14 de Março de 1518, inquisidor-mor de Castela e Aragão, cargo que manteve até partir de Tarragona para Roma em 4 de Agosto de 1522. Quando Carlos V partiu para os Países Baixos em 1520 deixou Adriano regente de Espanha. Em 1517 o Papa Leão X ordenou-o cardeal. Em 9 de Janeiro de 1522 foi quase unanimemente eleito papa. Coroado na basílica de S. Pedro em 31 de Agosto aos 63 anos, seguiu o caminho reformista. Tentou acabar com alguns abusos; mas na sua tentativa de melhorar o sistema de indulgências foi travado pelos seus cardeais. A referência numa das suas obras de que os papas poderiam cometer erros em matéria de fé (haeresim per suam determinationem aut Decretalem assurondo) merece atenção. Os Católicos argumentam que se trata de uma opinião privada, não um pronunciamento ex cathedra, e daí não surgir conflito com o dogma da infalibilidade papal, enquanto outros argumentam que a "ex cathedra" é muito mais recente século XIX. Faltou-lhe algum espírito de integração nos processos burocráticos e jogos de poder da Cúria Romana. Por isto, e também por ser estrangeiro era muito impopular em Roma. Em 14 de Setembro de 1523 faleceu, após um pontificado bastante curto. Adriano VI foi o último papa não italiano até ao Papa João Paulo II ser escolhido em 1978. Publicou Quaestiones in quartum sententiarum praesertim circa sacramenta (Paris, 1512, 1516, 1518, 1537; Roma, 1522), e Quaestiones quodlibeticae XII. (1a ed., Luvaina, 1515).
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